segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Escravatura


A escravatura continua a ser, 200 anos depois da sua abolição, uma realidade para mais de 27 milhões de pessoas em todo mundo que são vítimas de alguma forma de exploração.

O alerta é feito por especialistas em direitos humanos e laborais das Nações Unidas, na véspera do Dia Internacional da Abolição da Escravatura.

"A escravatura não é história, 200 anos depois de ter sido oficialmente abolida. É uma realidade e, em muitas partes do mundo, tem evoluído de diversas formas e de maneira cruel", afirmou a relatora especial da ONU, Gulnara Shahinian.

De acordo com as Nações Unidas e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a escravatura é um fenómeno global que afecta países ricos e pobres.

Actualmente, existem mais de 27 milhões de homens, mulheres e crianças que vivem diariamente sob um regime de escravatura ou em condições de escravatura.

A responsável salientou que "a escravatura existe em todas as formas, tradicional e moderna, e cresce como resultado da procura".

Uma dessas formas é o trabalho forçado, que afecta hoje cerca de 12,3 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo os dados da OIT.

As vítimas das várias formas de exploração são sempre os mais fracos e os mais vulneráveis da sociedade, como é o caso dos trabalhadores emigrantes, muitas vezes encurralados em esquemas de servidão para pagar dívidas, ou de mulheres e crianças forçadas a entrar no mundo da prostituição.

"Estas práticas caminham lado a lado com a pobreza, a exclusão social, a marginalização, a falta de acesso à educação e a corrupção", referiu ainda a especialista da ONU.

A organização internacional alertou ainda que entre as novas formas de escravatura encontram-se igualmente inúmeros casos de trabalho doméstico e nos sectores da construção civil e da indústria.

Segundo os dados da OIT, cerca de 64 por cento do trabalho forçado é uma consequência da exploração económica por parte de agentes privados.

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, não tem dúvidas em descrever a escravatura como "um crime contra a humanidade".

"Tem destruído vidas humanas e tem destruído sociedades. Apesar do reconhecimento universal da sua perversidade, a escravatura ainda provoca sofrimento a 27 milhões de pessoas", afirmou Navi Pillay, alertando ainda que a actual crise financeira mundial poderá levar a que mais pessoas sejam apanhadas na teia da escravatura.

Em Estrasburgo, o Conselho Europeu também não esqueceu o flagelo, salientando, porém, os esforços dos parceiros europeus no combate ao tráfico humano.

"A Europa aboliu a escravatura na lei, mas não na prática. Na Europa, os seres humanos continuam a ser vendidos, comprados e explorados", declarou o secretário-geral do Conselho Europeu, Terry Davis.

"No entanto, este ano foi marcado por um importante avanço nos esforços para impedir o tráfico humano na Europa, onde a principal arma nesta luta é a Convenção do Conselho da Europa Relativa à Luta contra o Tráfico de Seres Humanos, que entrou em vigor em Fevereiro deste ano", afirmou o responsável.

De acordo com Terry Davis, o número de países que ratificaram a convenção "quase duplicou" desde então.

Actualmente, 19 países ratificaram a convenção, entre eles Portugal.

A Convenção aplica-se a todas as formas de tráfico de seres humanos, seja nacional ou transnacional, com ligação, ou não, ao crime organizado e a todas as vítimas de tráfico de seres humanos, obedecendo a um principio de não discriminação.

Tirado daqui.

sábado, 29 de novembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Moliceiro


Ricardo P.-Costa Nova(Ílhavo)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Direito de Canhoto


Sim,é verdade, sou canhoto!Desde petiz que tive tendência para usar mais a mão esquerda e chutar as pedras com a bota do mesmo lado!Apesar de nunca ter achado que fosse uma diferença que pudesse vir a tornar-se num handicap, tinha noção que o "mundo canhoto" era uma minoria.Desde cedo tomei contacto com objectos como tesouras, saca-rolhas, periféricos de computador(rato e teclado), instrumentos de cordas,etc, que foram pensados para destros.Tive obviamente de me adaptar contando,no meu caso, com a compreensão dos meus pais e dos meus professores.

A história diz-nos realmente que existe desconfiança naquilo que é dito fora do "normal".Vejamos o exemplo da Grécia e Roma antigas que associavam o lado esquerdo ao profano e inferior e mais tarde,já na idade média,e muito por influência da religião, o uso da mão esquerda era associado a bruxaria e ao diabo.Aliás estes mitos perduraram ao longo dos anos até á actualidade(quem nunca ouviu a expressão "cruzes canhoto").
Em português a palavra canhoto ainda tem conotação negativa, sendo em alguns dicionários sinónimo de inábil, desajeitado, sinistro(aconselho revisão a estes dicionários).

A ciência por seu lado tenta dar resposta ao porquê da predominância de um dos lados do corpo.Aguns cientistas descobriram que os fetos que possuem o gene LRRTM1(?)têm aumentada a hipótese de virem a ser canhotos.Existe também uma teoria elaborada por um neurocirurgião de nome Geshwind, que estabelece uma relação entre a quantidade de testosterona no cérebro antes do nascimento e a predominância do esquerdismo.

Durante vários séculos o mundo viveu sobre a sombra deste preconceito!A cultura ligada a crenças e a mitos/medos irracionais, alimentados por uma religião dogmática foram como gasolina para o fogo.Penso que vivemos hoje tempos de maior tolerância em relação a esta diferença(atitude que deve ser transportada para outros tipos de discriminação).São raras as vezes que sinto que sou julgado por esta "inconformidade", apesar de achar que ainda há trabalho a fazer na ergonomia de certos equipamentos.O mundo acabou por aceitar o canhotismo e este em agradecimento abraçou-o, esperançado numa relação sincera e duradoura...

Para curiosos consultar aqui.

domingo, 16 de novembro de 2008

Estacas


Ricardo P.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tragédia


Uma adolescente de 13 anos foi lapidada até à morte depois de violada e condenada por um tribunal islâmico da Somália que a considerou culpada de adultério, revelou hoje a UNICEF.

"É um incidente trágico e lamentável. Uma criança é duplamente vítima, primeiro dos autores da violação e depois daqueles que administram a justiça", denunciou o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a Somália, Christian Balslev-Olesen.

"Este incidente mostra a vulnerabilidade extrema das raparigas e das mulheres na Somália", acrescentou a UNICEF, assinalando que a violência ligada ao sexo ou ao género é exacerbada pela instabilidade crónica do país, em guerra civil desde 1991.
Aisha Ibrahim Dhuhulow foi lapidada até à morte na semana passada por uma multidão, durante uma execução pública depois de ter sido declarada culpada por um tribunal islâmico de Kismayo, no Sul da Somália.

Segundo a UNICEF, a vítima foi violada por três homens quando se deslocava para visitar a avó. "Depois da agressão, ela procurou a protecção das autoridades, que a acusaram de adultério e condenaram à morte", noticiou aquela agência da ONU.

A cidade de Kismayo foi tomada a 22 de Agosto por uma coligação de combatentes fiéis ao líder islamita Hassan Turki, cujo nome figura na lista norte-americana dos que financiaram o terrorismo, e a "shebab", o principal grupo de combatentes extremistas na Somália.
Depois disso, já foi nomeada uma nova administração para a cidade e começou a ser aplicada de uma forma muito severa da sharia (lei corânica).

Tirado daqui.

sábado, 1 de novembro de 2008

Terra


Ricardo P.-Carvoeiro

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Começo do Outono


Ricardo P.-Vila do Gerês

Amor constante para além da morte

Francisco de Quevedo

Meus olhos cerrar pode a derradeira
sombra que me levar o branco dia;
e desatar minha alma poderia
uma hora ao seu anseio lisonjeira;

mas não, dessa outra parte, na ribeira
deixará a lembrança, onde ela ardia;
vogar sabe meu lume na água fria
e perder o respeito à lei certeira.

Alma a que todo um deus prisão tem sido,
veias que a tanto fogo humor têm dado,
medulas que na glória têm ardido,

seu corpo deixará, não seu cuidado;
hão-de ser cinza, sim, mas com sentido;
pó hão-de ser, mas pó enamorado.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ondas


Ricardo P.-Serra da Estrela

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cabo Verde


Antonio P.-Mindelo(1975)

The Way...

The way i see things
Isn´t always clear
I miss a voice
You´re not here
Then i see those princess shoes(walking)
I take a deep breath
I would smoke a cigarette,
God..i love you!!

Ricardo P.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dalai Lama


O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, é o líder espiritual e chefe politico do Tibete. Nasceu em Julho de 1935.Os seus pais eram agricultores e viviam numa vila chamada Takter, localizada no nordeste do Tibete. Aos 2 anos deram-lhe o nome de Lhamo Dhondup, sendo reconhecido como a reencarnação do 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso È de crença que os Dalai Lamas são a manifestação de Avalokiteshvara ou Chenrezig, o Bodhisattva da compaixão e santo patrono do Tibete. Bodhisattvas são seres iluminados que adiaram o seu nirvana e escolheram o renascimento para salvar a humanidade.

Em 1949 A China invadiu o Tibete. Depois de vários acordos de paz falhados com o líder chinês da altura, em 1959 o Dalai Lama viu-se obrigado a partir para o exílio. Desde essa altura vive em Dharamsala, no norte da India, sede da administração politica do Tibete.

O Dalai Lama é considerado um homem de paz. Já recebeu vários prémios entre eles o Nobel da Paz, em 1989, pela sua luta não violenta pela libertação do Tibete. Também se tornou o primeiro laureado a ser reconhecido pela sua preocupação pelos problemas ambientais.
O 14º Dalai Lama descreve-se como um simples monge budista.

Para mais informações consultar aqui.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Stay


Chaka Khan/Rufus

domingo, 28 de setembro de 2008

O vazio

Sou como uma chama numa divisão pequena e escura. Com dificuldade dou luz à escuridão. O oxigénio esgota-se. A noite bate à porta...

Ricardo P-2003

sábado, 30 de agosto de 2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Metade da gente ama

Yehuda Amichai

Metade da gente do mundo ama a outra metade,
metade da gente odeia a outra metade.
Por causa desta e daquela metade terei eu de vaguear
e me transformar incessantemente como chuva no seu ciclo,
terei eu de dormir entre rochas, tornar-me áspero
como os troncos das oliveiras,
e ouvir a lua uivar para mim,
e camuflar o meu amor com receios,
e brotar como erva assustada entre os carris
do caminho de ferro,
e viver submerso como uma toupeira,
e quedar-me com raízes mas sem ramos,
e não sentir a minha face contra a face de anjos, e
amar na primeira caverna, e casar com a minha mulher
sob uma abóbada de vigas que sustentam a Terra,
e expressar a minha morte, sempre até ao último sopro e
às últimas palavras e sem nunca compreender,
e colocar mastros sobre o telhado da minha casa
e um abrigo antiaéreo debaixo dela.
E ir apenas para regressar e passar por todos os lugares –
gato, pau, fogo, talhante, entre o cabrito e o anjo da morte?
Metade da gente ama,
metade da gente odeia.
E qual é o meu lugar entre tais iguais metades,
e por que fenda verei eu o bairro de casas
brancas dos meus sonhos e as pegadas nuas
na areia ou, pelo menos, o lenço da mulher que acena
junto às dunas?

sábado, 16 de agosto de 2008

Salut

Como sou novo na blogosfera resolvi escrever uma pequena nota de apresentação e descrever o porquê da criação deste espaço!!
Já algum tempo que me vem dando vontade de criar um espaço onde possa partilhar as minhas ideias e interesses livremente e de uma forma séria e bem disposta.!!Acho que a blogosfera é o sitio ideal tanto pela maneira como é feita a comunicação, bem como, pela comunidade que ela abrange!!Espero sair enriquecido com este espaço e quiçá aprender e interagir positivamente com ideias e propostas.Vai ter fotografia, musica, poemas e mais...


Abraços virtuais