domingo, 25 de janeiro de 2009

Inverno


Ricardo P.-S. João de Loure(Albergaria)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Chamo-me Bilíca e estou perdida...

Olá! Chamo-me Bilíca e sou uma cadela de raça Caniche de porte médio, com pêlo preto e personalidade aventureira. Á uma semana atrás, durante a noite, resolvi saltar o muro da minha casa e sair por esse mundo fora em busca do meu príncipe encantado versão quatro patas. Pensei sempre que voltaria pelo mesmo caminho, mas deixei-me embrulhar na escuridão e perdi o mapa do meu ninho.

As primeiras horas foram muito animadas, conheci cães novos, alguns educados, outros nem tanto e acabei por me envolver com alguns.Deixei-me levar pelo instinto.

Entretanto já passaram várias noites. O meu pêlo está molhado e tenho fome.Sinto saudades do meu ninho, da minha família, do quentinho da lareira, das festinhas...Moro em Avanca no distrito de Aveiro, concelho de Estarreja.

Peço a quem me vir que contacte este blogue.Prometo agradecer efusivamente com umas lambidelas e uns latidos.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Castelo


Ricardo P.-Guimarães

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Quero-te às dez da manhã

Quero-te às dez da manhã, e às onze, e às doze do dia. Quero-te com toda a minha alma e com todo o meu corpo, às vezes, nas tardes de chuva. Mas às duas da tarde, ou às três, quando me ponho a pensar em nós os dois, e tu pensas na comida e no trabalho diário, ou nas diversões que não tens, ponho-me a odiar-te surdamente, com a metade do ódio que guardo para mim.

Mas logo volto a querer-te, quando nos deitamos e sinto que foste feita para mim, que de alguma forma mo dizem o teu joelho e o teu ventre, que as mãos me convencem disso, e que não há outro lugar onde eu venha, aonde eu vá, melhor que o teu corpo. Tu vens toda inteira ao meu encontro, e desaparecemos os dois um instante, metemo-nos na boca de Deus, até que eu te diga que tenho fome ou sono.

Todos os dias te quero e te odeio irremediavelmente. E há dias também, há horas, em que não te conheço, em que me és estranha como a mulher de outro. Preocupa-me os homens, preocupo-me comigo, distraem-me as minhas penas. É provável que não pense em ti durante muito tempo. Já vês. Quem poderia querer-te menos do que eu, meu amor?

Jaime Sabines